sábado, 22 de outubro de 2011

Oskar e Eli



Obrigado, por não me sugar
Por não me condenar.
Te sigo por ideologia
Por religião
Por amor à causa
Por toda falta de amor.
Me torno intimo da noite
De tua companhia.
Teus olhos negros
Me provém aconchego, alegria
Tocar teus cabelos, tua pele fria.
Prometo em meu nome
Que nunca passarás fome
Dos outros terá o sangue
De mim...
Minha mão
Baço, rins, alma, coração.
Porque renego a liberdade
Renego a solidão
Faço tua, minha oração.
Até o dia, em que teu adeus me encontrará
De pé, pelo portão.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Peça, persa


É tarde e eu cedo
Madrugada, cedo!
Cedo a seus caprichos
Mimos e miados.
Perdão, se te peguei forte pela goela
Perdão, se ameacei te jogar pela janela
Teus belos olhos te mantêm lisa e ilesa
Pois não há nada que você me peça, persa
Que eu não faça.
Mimos e miados caros
Tu que não anda pelos telhados
Nem me arranha os sapatos
Penso as vezes, que não me ama
É incapaz de deitar ao meu lado
Fica sempre por ai, aos pés da cama
Olhos caidos
Cara de bocó
Com esses pelos cheios de nó.