sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Amor, sexo e outras bobagens



Conheço todos os atalhos do teu corpo
Mas ainda percorro cada pedaço
Eu morreria de saudades da tua nuca
Se não a visitasse um único dia.
"Sexo" é carnal demais
"Fazer amor" muito brega
Ficamos no exato meio-termo disso
O meridiano de Greenwich de amor e sacanagem
Sou um pedaço de carne sobre a mesa
Carne recheada do mais puro afeto
Afeto e respeito de um devoto.
Eu analizo o teu corpo como um fiscal
Fiscal de agência reguladora
Sem nunca parecer burocrático!
Pois isso tudo é muito perigoso
Defino como: Estratosférico, cósmico, religioso.
E faz minha língua sentir todo tipo de gosto
Salgado, doce, jeans, botão
Entre saladas de beijos e cheiros
Sou um velho menino na tua mão.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Damien Thorn



Quando saiu do berçário
A música ja dava medo.
Mau desde moleque
Colou no cabelo da babá, chiclete
Ruim desde banguela
Era imune a salmonella
Tinha jogado a mãe pela janela.
Preferia um cão
Mas teve um corvo como animal de estimação.
Notou em si essas particularidades
Porém, julgou ser coisa da idade.
Certo dia, no espelho do banheiro
Teve confirmado, seu medo
Abrindo suas mechas entre o dedo
Tornou-se real a crendiçe
Algo, que nenhum barbeiro lhe disse.
Carregava a sina
A marca, o mal
Tinha na fronte, o número do chacal.
"Porque?" Perguntou
"Porque carrego tal fardo?"
"Existem piores na câmara, no senado".
Resignado do número místico
Fez o que era necessário
Tornou-se politico.
Fez valer a vida imposta
Vida sinistra
Largou o grupo de jovens
Da igreja metodista.