quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Damien Thorn



Quando saiu do berçário
A música ja dava medo.
Mau desde moleque
Colou no cabelo da babá, chiclete
Ruim desde banguela
Era imune a salmonella
Tinha jogado a mãe pela janela.
Preferia um cão
Mas teve um corvo como animal de estimação.
Notou em si essas particularidades
Porém, julgou ser coisa da idade.
Certo dia, no espelho do banheiro
Teve confirmado, seu medo
Abrindo suas mechas entre o dedo
Tornou-se real a crendiçe
Algo, que nenhum barbeiro lhe disse.
Carregava a sina
A marca, o mal
Tinha na fronte, o número do chacal.
"Porque?" Perguntou
"Porque carrego tal fardo?"
"Existem piores na câmara, no senado".
Resignado do número místico
Fez o que era necessário
Tornou-se politico.
Fez valer a vida imposta
Vida sinistra
Largou o grupo de jovens
Da igreja metodista.

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