Convicções e ideologias são lotes vazios, desertos. Cercados
por uma linha imaginária que delimita seus limites. Por tempos, manteve-se sob
suas cercanias, sob a amplitude de seus lotes, dela mesma. Até que, por acaso,
azar, sorte ou vontade própria, avançou a linha tênue que os dividia. Se viu em
terreno áspero, hostil. Se viu, num lugar que pertencia à outra pessoa. Um
lugar onde ela não cabia.
No escuro, no desconhecido, tateou nas frestas das paredes,
procurando por alguma razão. Procurando por algum sentido. Procurando por algo
que pudesse sentir. Em vão.
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