quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Lá vem Tereza

Lá vem Tereza, num andar que sugere safadeza.
Seus cabelos negros e lisos contrariam a natureza.
La vem Tereza...
Quando a vejo vindo ao longe, escondo o cigarro e a cerveja
Ignora-me, passa reto, sempre assim.
De novo vem ela, pele preta, sorriso branco de giz, e naqueles quadris
Caberiam três de mim!
Quem sabe ela prefira um cafajeste?
Copo na mão, cigarro na boca, pose e topete.
Nada...
Ouso arriscar que Tereza é racista e por mais que eu tente
Que eu insista, minha pele desbotada e amarelada me condena.
Ai, meus sonhos de café com leite!
Ai, meus pesadelos de teus “não”
Tereza, eu sou Flamengo, só me falta você, um Fusca e um violão.

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